“Quem odeia seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem a vida eterna em si mesmo” (1 Jo 3.15).
Saber que Caim filho de Adão e Eva foi o primeiro homem nascido de mulher é um dado curioso. Fora disso, o seu histórico não é nada admirável. Ele é mostrado na Bíblia como um exemplo do que não devemos ser. Aprendemos com outras pessoas como viver e também como não viver. É o caso de Caim. Falando de pessoas voltadas para o mal, as Escrituras dizem: “Ai deles! Pois seguiram o caminho de Caim” (Jd 11). Fica claro que Caim não deve ser imitado.
Caim era agricultor. Certo dia ele trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Mas o Senhor não aceitou Caim e sua oferta. É interessante observar que primeiro Deus rejeitou Caim, para só depois rejeitar sua oferta. Ele se enfureceu e ficou com o rosto transtornado (Gn 4.3, 5). Ele precisava aprender que a obediência vale mais que o sacrifício (Mt 9.13).
Deus aceitou com agrado Abel e sua oferta (Gn 4.4). A ação de Deus deixou Caim furioso não apenas com Abel mas também com Deus que o abençoou. Caim era mal e vivia ameaçado pelo pecado que o deixava perturbado. Assim são muitas pessoas hoje, não conseguem aceitar a bênção de Deus em outras pessoas.
Caim chegou ao ponto de odiar seu irmão. Alimentado por tal sentimento maligno ele chamou Abel para ir ao campo. Estando lá, ele atacou seu irmão e o matou (Gn 4.8). Ele fez isso porque era do Maligno e tinha inveja da vida justa de seu irmão. Ele não era de Deus, pois não amava seu irmão. Pouca gente percebe que o ódio diante de Deus é tal qual um assassinato (1 Jo 3.12-15).
Quando Deus perguntou para Caim sobre seu irmão Abel, sua resposta foi: “Não sei; sou eu o responsável pelo meu irmão?” (Gn 4.9). Essa atitude de Caim nos mostra que a indiferença é a última expressão do ódio. Bem diferente foi a vida de Abel que viveu pela fé em Deus. Morreu, mas continuou influenciando (Hb 11.4).
Muitos que prestam culto a Deus não recebem dele nenhuma aceitação, porque não se dão a si mesmos primeiro a Deus.