O sonho que tive com meu professor

“Aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor” (Ef 5.10).

A. W. Tozer dizia que não é difícil agradar a Deus, embora talvez seja difícil satisfazê-lo. Essa é uma compreensão de quem conhece o Deus da Bíblia. Ele é todo justo, mas é também todo amor. Ele é relacionável.

Esta noite sonhei com um de meus professores de teologia. Ele era conhecido como linha dura. No sonho, ele falava para a classe sobre pontualidade, dizendo que a mesma deve ser um padrão permanente em nossa conduta, e não apenas a expressão de uma circunstância. Lembro-me de sua ênfase ao dizer que chegar atrasado a um compromisso não elimina meu princípio de pontualidade por ocasião do atraso, mesmo depois de me desculpar na circunstância em que me atrasei. Deixou claro para todos que pontualidade e fidelidade devem ser sempre parte integrante de nosso estilo de vida e não apenas uma prática circunstancial.

Ao acordar, minha mente se encheu de passagens bíblicas que me fizeram considerar o padrão do Evangelho de Cristo para nós. É fácil viver com Deus, como dizia Tozer. Deus é pessoa, Deus é Pai, Deus é amor, Deus quer ter comunhão com cada um de nós, é verdade. Ele perdoa, ele esquece nossos pecados, ele tem planos bons para nós, ele não nos joga fora, pois não tem lata de lixo. Todas as manhãs suas misericórdias são renovadas em nosso favor. Ele jamais lança fora quem clama por sua ajuda. Ele espera para ter misericórdia de nós. Deus é bom. Deus é amor.

Mas jamais isso quer dizer que Deus é um paizão bonachão. Uma espécie de Papai Noel do céu. Ele é santo e jamais comunga com o pecado. Ele sente por nós mas não é sentimentalista, não faz vista grossa para os nossos pecados nem barganha com a hipocrisia. Nossa parte é viver de um modo digno do evangelho, e sermos santos como ele é santo, pois para isso fomos predestinados, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença, pois, sem santidade ninguém verá o Senhor. Devemos nos ajustar à imagem do Deus santo, e não crer no Deus à nossa imagem.

O caráter de uma pessoa não é conhecido num ato, mas num estilo de vida.