Não se deve amar o mundo

“Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).

Existem pelo menos quatro termos gregos no Novo Testamento referentes ao mundo. Existe o mundo “terra”, “chão”; existe o mundo “habitado”, o mundo “tempo e espaço”, e o mundo como “universo material”.

Deus criou o mundo e achou muito bom o que fez (Gn 1.31). “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem” (Sl 24.1). Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Isso mostra que “tudo o que Deus criou é bom” (1 Tm 4.4), ele nos “provê ricamente para a nossa satisfação” (1 Tm 6.17). Quando Deus criou Adão e Eva, não os colocou num deserto, mas num jardim agradável com tudo o que precisavam para viverem bem. O mundo que Deus criou é de fato bom.

Então, como não se deve amar o mundo se Deus ama o mundo? Existe contradição entre João 3.16 e 1 João 2.15? Não. Devemos amar o mundo como Deus o ama, o mundo real que Deus criou. Mas, o que pouca gente sabe ou faz de conta que não sabe, é que existe outro mundo embutido nesse mundo que conhecemos e que não devemos amar. É o mundo como sistema pecaminoso, longe dos padrões que Deus estabeleceu. Nesse sentido, “o mundo todo está sob o poder do Maligno” (1 Jo 5.19). Satanás é o deus desta era, ele cegou o entendimento das pessoas para que rejeitem o evangelho que nos aponta o caminho que é Jesus (2 Co 4.4).

O estilo de vida que contradiz o que Deus estabeleceu na Bíblia deve ser rejeitado por todo aquele que confessa o nome de Jesus. Essa foi a primeira mensagem dos apóstolos de Jesus: “Salvem-se desta geração corrompida!” (At 2.40). A ordem é: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). O mundo que a maioria ama, não devemos amar.

“No dia em que o cristianismo e o mundo tornarem-se amigos, o cristianismo deixará de existir” (Soren Kierkegaard).