Amar e obedecer a Deus é uma escolha

“Respondeu Jesus: Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos morada nele” (Jo 14.23).

Fomos criados como seres livres; Deus não nos criou como robôs ou andróides, fantoches manipulados por sua vontade. Gosto de dizer que Deus é soberano, mas não é tirano. Ele nos criou com livre arbítrio para que nossa relação com ele fosse espontânea e não obrigatória. Fomos criados para o louvor e glória de Deus, mas ele nos deu a liberdade de decidir quanto a isso. No entanto, a liberdade que Deus deu ao homem tinha critérios e referências. Ele devia demonstrar a decisão de viver para Deus numa prova simples mas fundamental. O amor tem parâmetros.

Nosso amor a Deus deve ser provado para que se manifeste plenamente. Se a nossa obediência a Deus não puder passar por um teste, não podemos dizer que nossa fidelidade em amá-lo e obedecê-lo foi uma decisão tomada de forma consciente e deliberada. O próprio Deus provou o seu amor por nós (Rm 5.8).

Deus testou o amor e a obediência de Adão, dando-lhe um mandamento que serviu como referência para uma obediência livre. “E o Senhor Deus ordenou ao homem: Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá” (Gn 2.16-17). Infelizmente o homem preferiu desobedecer a Deus.

Um dos aspectos da soberania de Deus que mais me encanta, é a sua capacidade de conter o seu poder. Jesus não cedeu às provocações do Diabo (Lc 4.3, 9) e não fez os sinais que os fariseus lhe pediram (Mt 12.38; 16.1). Ele também não tem que provar nada para mim quando quero ver algo que confirme seu amor por mim. Deus não precisa sobrepujar-se aos meus olhos. Ele insiste em deixar que a gente viva com liberdade ao ponto de até ignorar sua existência. Ele não tem crise quando alguém duvida dele. Acho isso tremendo! Diante desse Deus maravilhoso, nada mais me resta senão amá-lo e obedecê-lo (Jo 14.15; 1 Jo 4.19).

Deus é soberano mas não é tirano. Ele não me obriga a amá-lo e a obedecê-lo. Esta decisão é minha, e é a melhor escolha que tenho a fazer.