Tenho uma mania que, se não é de origem genética, deve ser algum trauma mal resolvido ou um pretensioso sentido de misericórdia com “as coisas”. Ao abrir uma torneira, não vou até o fim e, ao fechá-la, cuido para não forçar os sulcos do seu “parafuso”. Evito a todo custo virar o volante do carro até não ser mais possível o movimento; prefiro ir e vir várias vezes para completar a manobra. Aprecio muito um aparelho de som de qualidade, para ouvi-lo baixo; e não gosto de ter vários programas ou páginas abertos no computador para não exigir demais da sua memória...
Desconfio que a crise econômica vai espalhar uma “mania” parecida entre nós: a frugalidade. Ou seja, o contentar-se com menos, o não desperdício, quem sabe a simplicidade e a rebusca até (Lv 19.9-10). Aqui e ali é possível ler sobre os novos tempos que nos aguardam, além das dicas de sobrevivência para tempos de crise. Sergio Augusto escreveu no caderno Aliás, d’O Estado de S. Paulo: “Se não estamos, ficaremos mais simples”. Para o autor “as artes já dão claros sinais disso”, e vai sobrar também para o mercado editorial: “Muito menos livros serão impressos, com pouquíssima margem para autores inéditos ou sem boas perspectivas de venda. Nem todo best-seller é ruim, embora a grande maioria o seja [...] Diversas editoras suspenderam, por tempo indeterminado, a compra de novos títulos, reduziram os valores dos adiantamentos pagos a autores de prestígio, e passaram a controlar as despesas com almoços de negócio e puxaram o bridão do marketing”.
Claro, conheço de ouvir falar esse “mercado editorial”, mas os meus olhos nunca o viram. Enfim, nós cristãos não precisávamos desses estímulos sombrios. Temos razões (bíblicas) suficientes para diminuir nossa pegada ecológica, para não acumular, para emprestar, para dividir, para dar. Quem sabe, podemos até acreditar nas bem-aventuranças (MT 5.1-11)?
Marcos Bontempo
Fonte: Ultimato
Desconfio que a crise econômica vai espalhar uma “mania” parecida entre nós: a frugalidade. Ou seja, o contentar-se com menos, o não desperdício, quem sabe a simplicidade e a rebusca até (Lv 19.9-10). Aqui e ali é possível ler sobre os novos tempos que nos aguardam, além das dicas de sobrevivência para tempos de crise. Sergio Augusto escreveu no caderno Aliás, d’O Estado de S. Paulo: “Se não estamos, ficaremos mais simples”. Para o autor “as artes já dão claros sinais disso”, e vai sobrar também para o mercado editorial: “Muito menos livros serão impressos, com pouquíssima margem para autores inéditos ou sem boas perspectivas de venda. Nem todo best-seller é ruim, embora a grande maioria o seja [...] Diversas editoras suspenderam, por tempo indeterminado, a compra de novos títulos, reduziram os valores dos adiantamentos pagos a autores de prestígio, e passaram a controlar as despesas com almoços de negócio e puxaram o bridão do marketing”.
Claro, conheço de ouvir falar esse “mercado editorial”, mas os meus olhos nunca o viram. Enfim, nós cristãos não precisávamos desses estímulos sombrios. Temos razões (bíblicas) suficientes para diminuir nossa pegada ecológica, para não acumular, para emprestar, para dividir, para dar. Quem sabe, podemos até acreditar nas bem-aventuranças (MT 5.1-11)?
Marcos Bontempo
Fonte: Ultimato